Enquanto debatemos ‘IA’ vs ‘ML’, outros lucram com nossa resistência em adaptar a comunicação.
Fiz uma pesquisa rápida com meus seguidores no Instagram e o resultado não me surpreendeu: 25% preferem usar “IA”, enquanto 75% optam por “ML”.
Natural, já que a maioria que me acompanha é da área técnica.
Passei anos defendendo essa distinção, mas hoje vejo a situação de forma diferente.
Nossa resistência ao termo IA está nos isolando de quem está descobrindo a área agora, motivados pelos modelos generativos.
Esse isolamento só beneficia quem quer lucrar com o hype enquanto o assunto está em alta.
Vi essa história no início da minha carreira com estatísticos resistindo ao termo ‘ciência de dados’ - não podemos repetir esse erro.
É hora de deixar o preconceito de lado e criar pontes com quem está chegando, adaptando nossa linguagem sem comprometer o rigor técnico.
Do contrário, vamos continuar vendo conceitos equivocados sendo espalhados por quem não entende os fundamentos da área.
Usar ‘IA’ quando você domina o assunto não é ceder ao hype - é escolher ser compreendido.
P.S.: ML é e sempre foi uma subárea de IA. A questão central é outra: como criar pontes entre o rigor técnico e a acessibilidade que o momento exige.
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